15 de dezembro de 2010

Á Moda Do Sexo

Brasil à moda do sexo.

Cá estamos nós, em um país onde o auge da moda está focado na luxúria mais evasiva de todos os tempos, na devassidão, na atração, um país onde sexo virou moda. Moramos em um lugar onde a dança da motinha tornou-se uma das mais belas poesias. Hoje, os grandes autores estão praticamente extintos e uma música bastante popular brasileira – quiçá uma nova possível MBPB – está drasticamente sendo posta no lugar da nossa boa e suave música popular brasileira, a tão conhecida e invejável MPB, sonhadora, encantadora, polêmica e defensora de várias idéias, – ideias, já que entramos em 2009 – grande e constante participante da história do Brasil.
Vinícius de Moraes, Chico Buarque de Holanda, Antônio Carlos Jobim, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Belchior, Toquinho, Caetano Veloso, entre outros fortes nomes e autores, em vez de verdadeiros poetas, são chamados de caretas pela maioria da atual juventude. Porém a moda do sexo não atinge somente os ouvidos, ela está aos olhos de quem vê e no peito de quem sente, tem atingido todos os nossos sentidos. As pessoas vendem e procuram por sexo em todos os lugares. Matinês foram abolidas, as festas adolescentes começam na calada da noite e terminam ao amanhecer, estamos com os horários invertidos.
Em casa, pais e filhos discutem sobre sexo, meninas engravidam aos quatorze, quinze anos de idade, não existe mais amor à primeira vista, não existem mais serenatas e o assunto entre jovens nas escolas e nas ruas é sexo. Propagandas de cerveja cheias de erotismo, futebol e suas musas... Merchandising indireto e direto ao sexo. Mentes maliciosas, comidas afrodisíacas, perfumes que despertam desejo; Os jovens convivem com o sexo 24 horas por dia, desde pequenos sabem que nasceram por meio dele, pais e mães não precisam mais contar a história da cegonha, hoje, sexo aprende-se na escola.
Os motéis, antigos postos de descanso de beira de estrada para caminhoneiros, hoje tem camas em forma de coração, espelhos no teto, ambientes climatizados e músicas de strip-tease ao fundo, só restam colocar uma placa à frente: “Aqui se vende sexo. R$ 25,00 a pernoite”.
O doce broto passou a se chamar de “gostosa”, foi-se o tempo em que se fazia “amor” escondidinho. Hoje temos aí, carnes de todos os tipos para quem quiser apreciar, “à la carte”. Sirva-se!

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